Brasil fecha atípicas exportações de soja para a Argentina

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Por Ana Mano e Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) – O Brasil fechou atípicas vendas de soja para a Argentina, na medida em que os argentinos lidam com estoques baixos no auge da entressafra, disseram a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e a consultoria AgRural, nesta quinta-feira.

Os acordos para embarcar soja brasileira à Argentina, maior exportador global de farelo de soja, somam entre 200 mil e 300 mil toneladas, para entregas entre fevereiro e março, disse o analista da AgRural Fernando Muraro, à Reuters.

“Acontece que os preços do farelo estão muito altos, as margens de esmagamento vão pra cima, aí permite este tipo de operação”, explicou ele.

Muraro lembrou que os argentinos estão no “auge” da entressafra, propiciando tais operações.

As margens de esmagamento em Rosário, importante hub da Argentina, subiram 10 dólares por tonelada neste início de janeiro, para 30 dólares/tonelada, segundo dados da AgRural. Nesta mesma época do ano passado, estavam negativas em quase 15 dólares/tonelada.

O diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, notou que o programa “dólar soja” do governo argentino encorajou exportações argentinas, reduzindo estoques locais recentemente.

As negociações de soja do Brasil para atender uma escassez na Argentina sustentaram os prêmios de exportação brasileiros.

“Interessante notar também que este trade mexeu com os prêmios de exportação do Brasil e do Paraguai”, acrescentou Muraro. “Eles subiram.”


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