Crianças com transtorno sensorial têm problemas para comer; entenda

Crianças com (TPS) tem problemas para comer; entenda

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Giovanna Ewbank, conhecida atriz e apresentadora, revelou em seu podcast “Quem Pod, Pod” que seu filho Bless, de 8 anos, tem Transtorno de Processamento Sensorial (TPS). Essa é uma condição neurofisiológica que afeta a capacidade de processamento e integração de estímulos sensoriais, como som, tato e cheiro.

Segundo Giovanna, Bless apresenta uma sensibilidade maior a esses estímulos, o que é resultado de um distúrbio sensorial que interfere em suas habilidades, podendo causar estresse e desconforto. Isso pode prejudicar a socialização e o aprendizado da criança.

De acordo com um artigo publicado na Revista Paulista de Pediatria, o TPS pode ocorrer em 5% a 16% das pessoas sem nenhuma outra condição aparente ou em até 80% das pessoas com outras condições, como Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC), entre outras.

A fonoaudióloga especialista em dificuldades alimentares, Carla Deliberato, relata que muitos casos de distúrbio alimentar pediátrico (DAP) estão associados ao quadro de TPS. Ela também alerta que o diagnóstico de transtorno sensorial deve ser feito por um terapeuta ocupacional especializado em integração sensorial

Transtorno sensorial e problemas alimentares na infância

O Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) pode afetar a alimentação e o paladar das crianças, como explica a fonoaudióloga Carla. Para muitas crianças com TPS, certas texturas de alimentos podem causar desconforto oral e ser aversivas. Por exemplo, um purê de batatas pode ser sentido como algo mole e pegajoso na boca de uma criança com transtorno sensorial.

Para tratar a seletividade alimentar, é necessário fazer uma terapia com enfoque na alimentação, que inclui estímulos de aproximação com os alimentos que até então estavam sendo rejeitados. Durante a terapia, as crianças aprendem a manipular esses alimentos com as mãos e a tolerar cheiros diversos e estímulos auditivos mais fortes, como o barulho de eletrodomésticos.

Infelizmente, muitas crianças com TPS se afastam cada vez mais de situações envolvendo a alimentação e a culinária, pois não conseguem processar todos os estímulos envolvidos. Nesses casos, é fundamental investigar se a criança não apresenta uma desordem sensorial. Concluindo, o tratamento do transtorno inclui a terapia com enfoque na alimentação, que permite que as crianças se aproximem e se relacionem melhor com os alimentos.

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