Governo de Ohio processa empresa por descarrilamento de trem que liberou materiais tóxicos

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O governo do estado americano de Ohio anunciou nesta terça-feira (14) a abertura de um processo contra a empresa ferroviária Norfolk Southern, devido a um descarrilamento de um trem de carga ocorrido no início de fevereiro que resultou na liberação de materiais tóxicos na região de East Palestine, na divisa com a Pensilvânia.

Em coletiva de imprensa, o procurador-geral de Ohio, Dave
Yost, apontou que o descarrilamento “era totalmente evitável” e provocou a
morte de “dezenas de milhares de peixes e outros animais, e colocou em risco de
forma imprudente a saúde dos habitantes de Ohio em toda a região”.

Na ação, na qual é pedida indenização por danos ambientais e
econômicos e à população do estado, o governo de Ohio sustenta que a Norfolk
Southern “tem uma extensa e trágica história de descarrilamentos e liberação de
materiais perigosos […]. O próprio histórico da Norfolk Southern demonstra
que ela sabia – e deveria ter tomado as medidas apropriadas para evitá-lo – os
danos significativos que o descarrilamento causaria”.

Em 3 de fevereiro, uma composição com cerca de 50 vagões, dos
quais dez transportavam materiais perigosos, descarrilou na cidade de East
Palestine. Devido ao risco de explosão, dias depois, as autoridades decidiram
liberar e queimar de forma controlada cloreto de vinila (que pode causar
câncer) que estava dentro de cinco vagões-tanque, lançando no ar cloreto de
hidrogênio e o gás tóxico fosgênio.

A composição também transportava acrilato de butila (que
causa danos aos pulmões em caso de exposição prolongada), óleo lubrificante, éter
monobutílico de etileno glicol, acrilato de etil-hexila e isobutileno.

Moradores relataram a morte de peixes e sapos em córregos da
região e postaram nas redes sociais imagens de galinhas, cães e raposas mortos,
além de apontarem que ainda sentiam o cheiro de produtos químicos.

A Norfolk Southern alegou que o monitoramento feito por órgãos
estaduais e federais apontou que não há contaminação no ar e nos cursos d’água
da região.

Porém, a empresa afirmou que concorda com a solução de criar um fundo para compensar despesas médicas em caso de problemas de saúde relacionados à liberação de substâncias tóxicas pelo descarrilamento.

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