Maduro apoia Petro na busca por um cessar-fogo bilateral

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O governo de Nicolás Maduro apóia o de Gustavo Petro na busca de um cessar-fogo bilateral com o ELN, a última guerrilha ativa na Colômbia, e outros grupos armados como parte de sua política de paz total. Este é o primeiro ponto abordado pela concisa declaração conjunta dos dois presidentes, que realizaram uma “reunião bilateral extraordinária” em Caracas neste sábado, após o falso começo de Petro no Ano Novo, quando anunciou uma trégua com o ELN que os rebeldes negaram.

Com a normalização das relações entre os dois vizinhos em curso, ainda faltam definições dos líderes sobre questões como o controle da extensa fronteira comum ou a reinserção da Venezuela no sistema interamericano de direitos humanos, mas o principal O tema do encontro foi o processo de paz com o Exército de Libertação Nacional, que já teve um primeiro ciclo de conversações em Caracas. Após o desentendimento em torno do cessar-fogo bilateral, com o qual os guerrilheiros negaram ter concordado, o chefe da equipe negociadora indicada pelo Petro explicou que o assunto ainda estava em discussão e o presidente apressou-se. Em princípio, os negociadores pretendem avançar um novo ciclo de negociações neste mês no México.

“Tivemos uma reunião ampla e muito proveitosa”, disse Maduro, sem entrar em detalhes, em mensagem no Twitter sobre uma reunião cercada de discrição, que terminou sem declarações dos presidentes. “A Venezuela, como país fiador, apoiará o governo da Colômbia em seu objetivo de manter a cessação bilateral e a paz total”, disse o comunicado conjunto. Também anuncia vários acordos de promoção de investimentos e comércio bilateral e celebra a abertura total das pontes fronteiriças que chegaram com o novo ano, incluindo a novíssima ponte Atanasio Girardot.

Petro viajou a Caracas acompanhado do chanceler, Álvaro Leyva; a Chefe de Gabinete, Laura Sarabia; o embaixador da Colômbia em Washington, Luis Gilberto Murillo; e o Ministro do Comércio, Germán Umaña, um homem chave na normalização das relações. Antes do encontro entre os dirigentes, o embaixador da Colômbia em Caracas, Armando Benedetti, se reuniu com o novo chanceler venezuelano Yvan Gil, nomeado na véspera junto com um novo presidente da PDVSA, dois cargos-chave para um Maduro de volta ao cenário internacional.

Os dois países também estão pressionando por novos acordos de energia para que possam operar sem estarem sujeitos às sanções dos EUA. Conforme informou o EL PAÍS, a petroleira estatal colombiana Ecopetrol solicitou permissão ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), conhecido como a lista de Clinton, para fazer negócios com a PDVSA.

Desde o seu primeiro dia na Casa de Nariño, Petro colocou a diplomacia colombiana ao serviço da paz total, com a qual pretende concretizar com maior determinação o acordo de paz com as FARC, dialogar com o ELN e levar adiante uma política de submissão a processos criminais grupos. Esses esforços renovados também passam pela “normalização gradual” das relações com a Venezuela após anos de divergências irreconciliáveis. Este tem sido um dos principais focos da ativa diplomacia colombiana, sob o olhar atento de Washington.

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O presidente da Colômbia, que se encontrou com Maduro pela primeira vez em 1º de novembro, tem insistido para que o chavismo volte à mesa de negociações com a oposição no México e considera prioritário a reentrada da Venezuela em organizações regionais, principalmente na Comissão Interamericana de Direitos Humanos Sistema de Direitos.

Além de Maduro, o Petro avança em uma agenda intensa de visitas e encontros com diversas lideranças latino-americanas. No domingo viaja ao Chile para se encontrar com Gabriel Boric e acaba de assistir à posse de Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, dois sócios com quem aspira consolidar um novo eixo progressista. Ele esteve no México em novembro com Andrés Manuel López Obrador e também pretende participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) neste mês em Buenos Aires.

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