Em 2011, uma descoberta surpreendente foi feita sob a floresta amazônica. Um enorme corpo de água, quase tão longo quanto o rio Amazonas e muito mais largo, foi encontrado 4.000 metros abaixo da superfície da Terra.
Este rio subterrâneo, que funciona como um sistema de drenagem para a região, foi oficialmente batizada de “Rio Hamza” pelo Observatório Nacional do Brasil. A descoberta foi feita depois que a Petrobras perfurou centenas de poços nas décadas de 70 e 80.
O rio Hamza começa na região do Acre sob os Andes e flui através das bacias do Solimões, Amazonas e Marajó antes de desaguar no Oceano Atlântico. Ele se move a um ritmo lento de apenas 1 milímetro por hora, o que é muito mais lento do que a velocidade do rio Amazonas, que é de 5 metros por segundo.
Apesar do nome, o rio Hamza não é tecnicamente um rio devido ao seu fluxo lento e alto teor de sal, mas sim um enorme sistema de drenagem que flui através de rochas porosas.
O Hamza flui na mesma direção que o Amazonas, mas é um pouco mais curto e muito mais largo, variando de 200 a 400 quilômetros, que é cerca de 100 vezes mais largo que o rio Amazonas. Ele se estende por cerca de 6 mil quilômetros.
O Observatório Nacional acredita que o rio Hamza seja o responsável pela baixa salinidade das águas ao redor da foz do Amazonas, por servir como um dos dois sistemas de escoamento de fluidos na região, sendo o outro a drenagem superficial pelo rio Amazonas.
A floresta amazônica abriga muitos canais incomuns, incluindo um rio de água fervente chamado Shanay-timpishka. Acredita-se que esta fonte de água quente, com 6,24 quilômetros de comprimento e temperatura média de 86°C, seja aquecida pela chuva que borbulha da energia geotérmica da Terra.