Um fóssil de 9.600 anos descoberto no Brasil, chamado Zuzu, foi submetido a uma recente aproximação facial forense, realizada por uma equipe de arqueólogos brasileiros, utilizando a fotogrametria para criar um modelo 3D do crânio.
O sítio arqueológico da Toca dos Coqueiros, onde Zuzu foi encontrado, está localizado dentro do Patrimônio Mundial da UNESCO, o Parque Nacional da Serra da Capivara, que abriga algumas das mais importantes obras de arte rupestre pré-histórica do mundo.
A técnica de aproximação facial é uma técnica auxiliar que utiliza o crânio como base para aproximar a face do indivíduo em vida. Doadores de bancos de dados virtuais e marcadores baseados em estudos com brasileiros vivos foram usados para reconstruir regiões ausentes e desgastadas pelo tempo, como as arcadas dentárias.
Embora a imagem que eles produziram seja confiável e baseada em elementos robustos de projeção anatômica, os pesquisadores alertaram que a aproximação não representa totalmente a aparência de Zuzu no momento da morte e contém elementos especulativos na configuração do cabelo, cor dos olhos e pele. Os pesquisadores optaram por substituir o termo “reconstrução” por “aproximação” para reconhecer o caráter subjetivo do processo.
Apesar das controvérsias em torno da diferenciação entre interpretação científica e arte subjetiva na construção do rosto, o trabalho dos pesquisadores é uma importante contribuição para a compreensão do início da história do Brasil.
As pesquisas contínuas sobre Zuzu e outros fósseis encontrados no sítio da Toca dos Coqueiros reforçam a importância da pesquisa arqueológica para a compreensão da história do Brasil e de seus primeiros habitantes.
O Parque Nacional da Serra da Capivara, onde o sítio está localizado, é um recurso crucial para o estudo científico e abriga algumas das mais importantes artes rupestres pré-históricas do mundo. A pesquisa recente sobre a aproximação facial de Zuzu fornece novos insights sobre essa importante história e abre novos caminhos de pesquisa para o futuro.