Na denúncia de estupro contra Daniel Alves, aquele que “transcende ao futebol”, segundo a avaliação dos seus atributos pessoais afirmada pelo técnico Tite, há dois fatos certos que não dependem mais de prova: houve uma relação de sexo na boate, em Barcelona, e se ocorreu crime de abuso, a vitima não é Daniel Alves.
Não sei quais são os instintos de Daniel Alves como pessoa. Um por nunca querer esconder esta soberba projetada como arrogância. Nesse estágio é o sentimento negativo que atua para humilhar, constranger e manipular pessoas.
Mas a soberba quando ultrapassa os limites do orgulho, torna-se traidora. E a de Daniel Alves é maior que ele próprio.
De inicio, negou conhecer a denunciante. Depois, perante a magistrada catalã, confirmou que houve relação, mas em caráter consensual. Não é a mentira da primeira versão, pois essa sob o aspecto jurídico tem pouco valor embora possa ser tomada no conjunto de provas. A questão é afirmar o caráter consensual da relação, o que indiretamente aumenta o grau de ofensa à denunciante.
Sendo integrante da personalidade de Daniel Alvez, talvez a soberba venha a ser um elemento a ser considerado na analise do fato.
Outra questão é o silêncio dos ex-companheiros de campo de Daniel Alves. Talvez, seja um silêncio eloquente por terem conhecimento pleno dos fatos.