Em 2011, os arqueólogos fizeram uma descoberta inovadora quando descobriram um dos fósseis de dinossauros mais bem preservados já encontrados, mas só agora estudos mais aprofundados estão sendo feitos com a descoberta.
O dinossauro, um nodossauro apelidado de “Borealopelta markmitchelli”, é um tipo de anquilossauro de quatro patas e foi aclamado como o dinossauro mais bem preservado do mundo.
Os picos irregulares do nodossauro, a maioria de seus membros, revestimento de armadura e até mesmo parte de seu conteúdo estomacal sobreviveram ao extenuante processo de fossilização.
Mas a parte mais empolgante da descoberta é o rosto e a pele quase imaculadamente preservados do nodossauro, o que permitiu aos cientistas obter uma nova visão sobre a anatomia, o conteúdo intestinal e a armadura do animal.
A pele preservada pode ser estudada por arqueólogos para entender como a espécie pode ter vivido em seu ambiente, tornando o nodossauro uma chave importante para desvendar a história da ecologia do Cretáceo Inferior.
Os restos mortais do nodossauro datam de 145 a 100,5 milhões de anos atrás, tornando a descoberta ainda mais notável. O Dr. Donald Henderson, curador de dinossauros do Royal Tyrrell Museum of Paleontology, chamou a descoberta do dinossauro de “um achado em um bilhão”.
O fóssil foi encontrado em um ambiente marinho antigo, o que surpreendeu os pesquisadores, pois a criatura de quatro patas era um habitante da terra. Os cientistas estudaram a preservação do nodossauro e descobriram que ele sofreu um “inchaço e flutuação” muito intenso.
Provavelmente foi transportado de um rio para o mar após algumas inundações e com o acúmulo de gases post-mortem, a carcaça permaneceu flutuante. Uma vez que todos os gases foram eliminados, o corpo simplesmente afundou no fundo do oceano – sua pesada armadura impediu que os necrófagos marinhos o comessem.
O técnico sênior de preparação, Mark Mitchell, passou 7 horas por dia durante 5 anos e meio separando o fóssil da pedra dentro dele, o que levou impressionantes “7.000 horas”. “Você poderia realmente apreciar a impressão do espécime e que esta era uma criatura viva com uma preservação surpreendente”, disse ele.
Uma das maiores conclusões da descoberta está no propósito por trás dos espinhos característicos do dinossauro. Esses picos não eram realmente destinados a afastar predadores em potencial, mas sim usados como uma ferramenta de paquera para exibir e atrair parceiras.
Embora mais pesquisas precisem ser feitas, está claro que essa descoberta definitivamente trouxe os arqueólogos um passo mais perto de desvendar os segredos do mundo antigo que nos antecede.